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giga

Vanessa Tozetto e Marcela Romão Performance Artística apresentada na SIAC UFRJ 2019
 

Dentro do projeto de pesquisa Partitura Encenada, que tem como questão de pesquisa a

criação cênica a partir da partitura musical, houve a proposta de através de um solo de violino

formar uma cena entre musicista e bailarina. A música escolhida foi o último movimento

Partita No.3 in E major, BWV 1006 de Bach para violino. Essa proposta foi apresentada em abril

de 2019 em uma temporada do teatro Armando Gonzaga dentre outros trabalhos feitos no

projeto Partitura Encenada. O primeiro passo foi procurar o contexto da música. A Giga, uma

dança barroca que na maioria das vezes dançada em pares (HARNONKOURT, 1988), foi

incorporada como proposta de pesquisa um duo de intérpretes cujos corpos dançam e

produzem música. Ou seja, a violinista não ficou restrita em somente fazer o solo, mas levá-lo

para a dança também. E a dançarina não se restringiu em fazer a performance corporal, mas

participando sonoramente com um instrumento, “as atividades artísticas performáticas, tais

como a música, podem ser examinadas por um viés diferenciado de acordo com as noções de

corpo da atualidade.” (STOROLLI, 2011), abrangendo a noção de corpo como citado e tendo

como resultado uma criação artística. Sendo assim, o diálogo entre as intérpretes foi feito

tanto musicalmente entre os instrumentos violino e pandeiro, quanto corporalmente em cena.

E o processo se deu analisando a partitura procurando lugares em que aconteciam perguntas e

respostas, variações na dinâmica em que o instrumento pandeiro pudesse entrar como uma

segunda voz. Já no processo corporal, para a bailarina, foi estudado depois de observar como a

movimentação acontecia no corpo da violinista, quais movimentos permitiam produzir a

resposta desejada com o pandeiro como extensão dos seus movimentos corporais. Para a

violinista se deu na experimentação das possibilidades de movimentação corporal que era o

menos explorada, para adaptar e estabelecer o diálogo do duo em cena. Porém o tocar e o se

movimentar requer sincronizar e fazer sentido entre si, concordando ao fato de haver um

diálogo sonoro, corporal e na cena entre o duo, no que resultou a performance a ser exibida.

EQUIPE: MARCELA ROMAO CORREIA, LENINE VASCONCELLOS DE OLIVEIRA, VANESSA TOZETTO.

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